24/10/2011

A denúncia passou a ser sua arma política poderosa, que incide sobre o maior capital eleitoral dos políticos ou dos partidos, que é a sua reputação

Significados da campanha da mídia para derrubar ministros - por Elói Pietá

A recente campanha das grandes empresas de mídia para derrubar ministros no primeiro ano do governo Dilma é mais uma demonstração de que elas são fortes agentes autonomeados da política. Isso vem de uma longa tradição.


Quando da campanha para derrubar Getúlio Vargas, que terminou no seu suicídio, os grandes órgãos da imprensa brasileira atacavam sistematicamente o seu governo, exceto o jornal Última Hora. Batalha semelhante foi travada nos episódios que resultaram na deposição de João Goulart. Nas campanhas presidenciais recentes todos são testemunhas da parcialidade da grande mídia. O episódio mais lembrado ocorreu em 1989, quando após o último debate entre Collor e Lula, na véspera do segundo turno da eleição, a TV Globo editou as cenas do debate a favor de Collor. Três anos depois, a mesma mídia que ajudou a elegê-lo teve papel decisivo para derrubá-lo. Tais campanhas políticas foram de grande importância, seja na mudança de governos, e, portanto, na mudança das políticas governamentais, seja até na instalação da ditadura militar. Em 2005 e 2006 ficou evidente o enorme esforço desta grande mídia para impedir a reeleição do presidente Lula, e, em conseqüência, para mudar a política econômica e voltar às políticas neoliberais que elas apoiavam e que tinham sido derrotadas pelo voto popular.


Como se vê, há na vida nacional uma espécie oculta de organizações partidárias sob o manto de denominações de TVs, rádios, jornais, revistas, que são comandados por poderosos grupos privados, que detém a propriedade cruzada de diversos meios de comunicação de massa, exercendo uma enorme influência midiática em todas as regiões do país.


A denúncia passou a ser sua arma política poderosa, que incide sobre o maior capital eleitoral dos políticos ou dos partidos, que é a sua reputação. A grande mídia destrói liminarmente este capital. Ela parte da presunção de culpa, ao contrário do princípio constitucional de presunção da inocência. A si ela atribui o mandato de executar o juízo moral sumário. A mídia privada brasileira encontrou este caminho de uma forma não propriamente original. Ela bebeu nas fontes do jornalismo inglês e norte-americano a missão autoconcedida de corregedores gerais da pátria, de guardiães da moralidade dos governos. E, a partir daí evoluiu para se transformar em partidos reais não assumidos.


As grandes empresas de mídia protegem os políticos que se afinam com seu pensamento sobre a economia e a sociedade, e atacam duramente os que divergem delas. Qualquer observatório da mídia há de encontrar inúmeros episódios da recente história brasileira que provam isso. Este é o lado partidário da mídia. Mas, por se tratarem de empresas diferentes a disputar um mercado, o denuncismo também é fruto da concorrência entre elas por um público sensível a este estilo, especialmente nas classes médias.


Nem sempre os projetos políticos futuros destes partidos ocultos são traçados com antecedência e clareza. Mas, o desdobrar dos acontecimentos tende a levar a uma conjunção de fatores que favorecem a adoção de uma estratégia política. Vimos isso na trajetória que resultou na derrubada de Vargas em 1954, de João Goulart em 1964, de Collor em 1992, e na tentativa de derrubar Lula em 2005.


O mais recente plano destas empresas privadas na política é a derrubada sistemática de ministros. Quando conseguem a cabeça de um, entra outro na pauta, e abre-se nova campanha. Não perdem tempo emaprofundar os fatos que fizeram cair os ministros anteriores. O que importa é a sequência de quedas e seu resultado político (e, de lucro, o prestígio do órgão da mídia pai da denúncia no mercado da informação). Agora o alvo é o ministro dos Esportes, Orlando Silva.


Ao querer a queda do ministro, vários resultados são buscados: um deles, sempre almejado, é o sistemático desgaste do governo, que não é o governo que as grandes empresas de mídia querem, apesar de a maioria do povo brasileiro querer; outro resultado pretendido no caso é jogar lenha nas críticas sobre os atrasos para as obras da Copa do Mundo (quem olha em retrospectiva a ação dessas empresas de mídia neste tema há de notar que na verdade elas não querem o sucesso do governo nas obras da Copa); pode haver outro resultado desejado, talvez favorecer a FIFA na disputa com o governo brasileiro, para depois criticar o governo por ceder à FIFA.


Juntando o histórico, os fatos recentes, e os atuais, vê-se que há um fio condutor de política pensada na aparente individualidade de cada fato. Há uma associação com propósito específico de concorrentes no mercado da informação, o que se poderia chamar uma cooperação antagônica. Sem dúvida, as grandes empresas privadas de mídia, além de mirar pontos no mercado, miram mais adiante o centro do governo. E, talvez, mais profundamente, mirem a deterioração da confiança coletiva na política praticada pelos políticos e pelos partidos formalmente registrados (rivais alguns, aliados outros, dos partidos ocultos da mídia privada). Se for isso, há uma tentativa de preparar a consciência popular para governos fora das regras atuais, de qual tipo não se sabe hoje, pois só a aproximação das condições propícias poderá a eles mesmos esclarecer. Tal meta pareceria impossível, mas não é, porque já se viu ocorrer no passado. Várias destas empresas da comunicação, não faz muito tempo, contribuíram para o golpe militar, associaram-se à ditadura, abandonaram-na no momento em que esta não mais lhes serviu.


Quando o PT no seu recente 4º Congresso reafirmou a necessidade do debate sobre a democratização da comunicação no Brasil, de imediato a grande mídia procurou demonizar este debate. As poucas empresas que controlam a comunicação de massa, que não querem a democratização desta área essencial à sociedade moderna, atacaram a proposta do PT de abrir o debate no Congresso Nacional sobre um marco regulador da comunicação social que amplie as possibilidades de livre expressão do pensamento e amplie o acesso da população a todos os meios. O PT reafirmou que para si, como para nossa presidenta Dilma, é questão de princípio repudiar qualquer tentativa de censura à liberdade de imprensa. Por isso, só um projeto claro em debate público no Congresso Nacional é que vai esfumaçar os fantasmas que se criam para refrear qualquer tentativa de avanço da democracia na área da comunicação de massa. Os fatos recentes da campanha para a derrubada de ministros e a forma como notícias seletivas são alardeadas e notícias outras são sufocadas, reafirma a atualidade deste debate no Congresso Nacional e na sociedade.


Elói Pietá é secretário Geral Nacional do PT

17/10/2011

Nas eleições de 2012, nosso objetivo central será garantir o crescimento e o fortalecimento do PT, lançando o máximo possível de candidaturas próprias

Comissão de Acompanhamento das Eleições 2012, nomeada pelo Diretório Nacional do PT, também aprovou resolução política


A Comissão de Acompanhamento das Eleições 2012, nomeada pelo Diretório Nacional do PT e coordenada pelo presidente Rui Falcão, em reunião realizada na sexta-feira (14), em São Paulo, designou dirigentes para acompanhar de perto as movimentações políticas nos estados e também aprovou uma resolução política sobre o processo eleitoral.

Confira os dirigentes responsáveis por região e estados:

Centro-Oeste, mais Tocantins, Acre e Rondônia: Renato Simões e Geraldo Magela.

Nordeste: José Guimarães e João Paulo Lima

Amazonas, Amapá, Pará e Roraima: Jorge Coelho

Rio de Janeiro e Espírito Santo: Iole Ilíada

Minas Gerais: Maria Aparecida de Jesus e Carlos Henrique Árabe

São Paulo: Paulo Frateschi e Elói Pietá

Sul: Paulo Ferreira e Elói Pietá

Leia abaixo a Resolução da Comissão:

A Comissão de Acompanhamento Eleitoral do PT, reunida nesta sexta-feira (14) em São Paulo, aprovou a seguinte resolução sobre tática eleitoral para 2012:

1. Fortalecimento do PT

Nas eleições de 2012, nosso objetivo central será garantir o crescimento e o fortalecimento do PT, lançando o máximo possível de candidaturas próprias;

2. Unidade

É fundamental garantir a unidade interna, buscando acordos que evitem realização de prévias onde houver mais de um pré-candidato;

3. Definição de candidaturas

As estratégias regionais devem ser pensadas em consonância com esta orientação nacional. Deve-se, no entanto, evitar candidaturas sem consistência eleitoral suficiente para aspirar bons resultadosjá nestas eleições.

4. Política de alianças

Levando em conta as observações anteriores, o PT se manterá aberto a alianças locais com os partidos da base de sustentação do governo federal, conforme definido no 4º Congresso Extraordinário do PT. A próxima reunião do Diretório Nacional irá regulamentar as relações políticas com partidos de oposição (PSDB, DEM e PPS), com os quais não constituiremos chapas;

5. Acordos políticos

A definição da tática para as eleições de 2012 deve levar em conta eventuais composições em disputas de segundo turno. As perspectivas para 2014 podem ser consideradas, porém dentro de uma análise mais ampla da conjuntura e com acompanhamento nacional.

6. Prioridades

Sem prejuízo do acompanhamento em demais localidades, a prioridade do PT para 2012, além das prefeituras que hoje o partido governa, serão as capitais e os municípios com mais de 150 mil eleitores. Dentre estes, o PT irá definir quais as cidades que terão monitoramento nacional mais intenso. O PT também vai acompanhar com especial atenção cidades onde forças locais trabalham para o isolamento do partido.

7. Movimentos sociais

A comissão irá fazer um mapeamento da relação do PT com os movimentos sociais nas principais cidades e regiões do país, reafirmando nosso compromisso histórico com esses setores e recolhendo contribuições para a construção de programas de governo.

Comissão de Acompanhamento Eleitoral do PT
São Paulo, 14 de outubro de 2011.

Estratégia e tática eleitoral

Após a reunião, o presidente Rui Falcão, falou ao Portal do PT sobre a atuação da Comissão de Acompanhamento Eleitoral. “A principal função dessa comissão é garantir a aplicação da nossa tática eleitoral, trazer informações sobre as áreas prioritárias em que nós vamos nos empenhar mais”, afirmou o presidente do PT, Rui Falcão, ao final da reunião.

Entre as ações deliberadas na reunião, Rui Falcão destacou a divisão feita para a organização dacampanha eleitoral. “Nós dividimos as várias regiões do país entre os membros da comissão eleitoral. Nós fixamos a conferência eleitoral do Partido para Abril, em Salvador, Bahia. Nós vamos ter uma reunião de prefeitos, de deputados durante o aniversário do PT, de 9 a 11 de fevereiro em Brasília. E também estamos emitindo orientações através de uma nota política, sobre a tática e as considerações mais gerais a respeito das eleições de 2012, para servir para todos os diretórios municipais do país. Discutimos a nossa política de alianças também e quais as cidades prioritárias entre as 117, e aquelas que nós governamos que vai ter um acompanhamento mais direto da comissão”.

O próximo passo é a regionalização das estratégias, como adiantou o presidente, “O trabalho da comissão, é daqui a um mês ou 40 dias, quando retornarem de visitas as regiões, nós vamos já então poder ter um planejamento mais fino das atividades do ano que vem”.

O presidente do PT também falou sobre a importância da “unidade” dos petistas para a vitória nas urnas. “Trabalhamos para o fortalecimento do PT. A unidade entre nós é o principal instrumento, para a gente garantir a vitória eleitoral em 2012”, disse.

Além do trabalho de pesquisa, levantamento e planejamento, a Comissão também tem as funções de acompanhar, orientar e coordenar, juntamente com os Estados e Municípios, o processo de construção das candidaturas municipais até a instalação do Grupo de Trabalho Eleitoral Nacional (GTE).

A Comissão de Acompanhamento das Eleições 2012, que teve a sua composição ampliada pelo DN na reunião do último dia 5 de agosto, tem como membros: Elói Pietá, Paulo Frateschi, João Vaccari Neto, André Vargas, José Nobre Guimarães, Geraldo Magela , Jorge Coelho, Iole Ilíada, Carlos Árabe, Renato Simões, Maria Aparecida de Jesus, Paulo Ferreira e João Paulo Lima e Silva.

(Portal do PT)

03/10/2011

PT de Aruja, decide que terá candidato próprio a prefeito em 2012

Aruja| O PT terá candidato a prefeito em Aruja nas eleições de 2012.

Essa decisão foi tomada após debate realizado pelo Diretório Municipal do PT, neste sábado dia 01.10.2011,aonde por maioria do diretório, decidiu que o PT de ARUJA terá o seu próprio candidato a prefeitura.

O PT de Aruja, terá seu próprio candidato para ajudar a transformar a qualidade de vida das pessoas, para propiciar a participação cidadã em compasso com as grandes mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais de nosso projeto nacional.

Esta decisão em consenso do Diretório municipal, vem de encontro a Resolução Politica aprovada no 4- Congresso Extraordinário do Partido dos Trabalhadores, aonde "O PT priorizará o lançamento de candidaturas próprias nas principais cidades do país, nas cidades em que governa e onde representa a melhor chance de vitória no campo progressista" e também assegura a soberania do Diretório Municipal, pois é ele que decide sobre as candidaturas nas eleições de 2012. Até porque a democracia reina dentro do partido dos trabalhadores e se sobrepõe ‘’as forças ocultas’’ e aos vícios de alguns, que tentam tirar o foco do projeto municipal que é o de ampliar fortemente a presença do PT e seus aliados no comando dos municípios brasileiros e nas Câmaras de Vereadores(as) e principalmente o de ampliar as políticas sociais, a participação popular e o desenvolvimento econômico no âmbito municipal.

O Diretório também definiu a urgência do Grupo de Trabalho Eleitoral e que possui três pré-candidatos, são eles: Doutor Marcio Batista do PT, Doutor Jose Luiz Monteiro e Rodrigo de Almeida.

Chegou a ''Primavera Petista Arujaense'', militantes, filiados e simpatizantes do partido dos trabalhadores,

O PT tem projeto para Aruja ,O PT TEM CANDIDATO PARA ARUJA!