14/12/2010

As mídias sociais e as empresas - uma relação em pleno crescimento

Mídias Sociais em destaque
Em pesquisas sobre esse tema, foi verificado que, apesar de todos os focos direcionados às mídias sociais, as empresas ainda têm um longo caminho a percorrer para adotá-las de vez como uma forte aliada comercial.

Com todo o modismo e impacto das redes sociais em nossa sociedade, ainda é pequeno o numero de empresas brasileiras que as utilizam, apesar de já ser notado um crescimento de seu uso.

As empresas que mais utilizam esse novo filão do marketing são as que têm forte ligação com seu consumidor final, conhecidas B2C, ou Business-to-consumer. Isso tem um pouco de lógica, pois hoje, mais do que nunca, grande parte dos consumidores está navegando pela web, e as empresas querem a atenção deles, mais ainda, querem fazer negócios com eles. Grande parte delas utiliza as mídias visando a fortalecer sua marca e a monitorar o mercado, seus clientes e a concorrência.

Podemos citar alguns setores campeões no uso dessas plataformas: TI, telecomunicações, comércio varejista e têxtil, alimentos e vestuário. Já, ao contrario, com pouca utilização estão os setores de Mineração, papel,

açúcar, álcool entre outros.

O que não deve ser novidade é que o Twitter é a ferramenta líder de preferência, seguida pelo YouTube. Isso mostra o quanto são importantes os chamados "microblogs" nessa nova relação com a sociedade. Daí o Brasil aparecer em vários estudos entre os que mais usam microblogs com objetivos comerciais, incrementando seus negócios.

Um dado importante verificado é o grande número de empresas que não atualiza o seu perfil com frequência. Ou seja, uma contradição, pois uma das fortes características dessas ferramentas é justamente a geração de conteúdo e a instantaneidade.

No YouTube, temos uma alta frequência de geração e de consumo de vídeos, mostrando uma tendência com pouca probabilidade de reversão, salvo se novas tecnologias apareçam no mercado.

Do lado comercial, os vídeos disponibilizados servem como uma nova oportunidade, tanto para empresas como anunciantes. Esses vídeos se fazem presentes na vida de um numero cada vez maior de internautas, especialmente brasileiros.

Outras importantes ferramentas são o Orkut e o Facebook. Uma característica interessante observada é que o Orkut é a principal rede social no Brasil e curiosamente os próprios internautas criam comunidades de empresas que servem para que comentem sobre elas, ao contrário das próprias empresas. Apesar de "estrela" em outras épocas, o Orkut hoje já não conta com grande crescimento, superado, nesse sentido, pelo Facebook.

Um fato curioso é que o chamado "blog corporativo", apesar de receber constantes atualizações de conteúdo, é o menos utilizado pelas empresas como canal de dialogo. Outra contradição, pois deixam de lado um dos mais importantes princípios da chamada Web 2.0, que é a interatividade, ou seja, a participação intensa dos internautas, ficando como um canal unilateral de comunicação.

Conclusão
Acho que em muito pouco tempo a utilização dessas mídias vai estar na lista das principais estratégias de um grande numero de empresas, mas vale lembrar que só usar tecnologia não é sinônimo de sucesso, pois inúmeras variáveis devem ser consideradas.

Essas mídias são um fenômeno muito recente e ainda não temos o conhecimento suficiente para entender todo seu mecanismo em relação ao comportamento humano, seu impacto na sociedade e também de extrair o seu proveito máximo.

Existem muitas ferramentas disponíveis que podem apoiar as empresas de várias formas, como por exemplo: aumentar vendas, divulgar sua marca, interagir com seus clientes, renovar produtos, conhecer melhor seu mercado, descobrir nichos não explorados, inovar, enfim tudo para que a empresa saia do lugar comum e apareça para o mundo.




Fontes

(1) Agência MWeb, que trabalhou com um universo de aproximadamente 250 empresas, ligadas a 25 setores da economia.

(2) Instituto Brasileiro de Inteligência de Mercado IBRAMERC) - estudo com 251 empresas de médio e grande porte.

(3) McAfee e Universidade de Purdue, Califórnia: estudo Web 2.0: um ato complexo de equilíbrio.

Bancada Feminina dará suporte a Dilma

A coordenadora da bancada feminina na Câmara, deputada Janete Pietá, espera que a bancada feminina no Congresso dê um suporte importante para que a nova presidente consiga enfrentar as fortes pressões dos setores “mais conservadores” da sociedade.

A deputada avalia que a eleição de uma mulher para a Presidência da República deverá contribuir para ampliar a participação das mulheres no poder. Ela lembra que a presidente eleita, Dilma Rousseff, começou o primeiro discurso após a eleição com o compromisso de honrar todas as mulheres brasileiras.

“A partir de agora, vamos ter para as crianças e a juventude uma referência que nunca antes houve no Brasil, que é uma mulher na Presidência, assim como Lula foi a primeira referência – e que deu certo – de um trabalhador no governo”, diz Pietá.

O cientista político José Donizete, da Universidade de Brasília (UnB), também acredita que o governo de Dilma Rousseff será importante para mudar o quadro de pouca representação política das mulheres brasileiras. Ele acredita que Dilma dará cargos importantes a mulheres, inclusive em ministérios.

Primeiro compromisso

Ao discursar após a eleição, Dilma disse que seu primeiro compromisso é “honrar as mulheres brasileiras, para que este fato [a eleição de uma mulher], até hoje inédito, se transforme num evento natural (…), que possa se repetir e se ampliar nas empresas, nas instituições civis, nas entidades representativas da sociedade”.

“A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um principio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: Sim, a mulher pode”, afirmou.

Para a integrante do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea) Guacira de Oliveira, a vitória de Dilma é um sinal importante de que a sociedade brasileira mudou. “A gente espera que o compromisso que ela colocou se reflita em medidas mais ousadas”, disse.

Guacira lembra que as cotas para mulheres nas eleições não é respeitada pelos partidos e lamenta que não haja punição. “Existe uma resistência muito grande a ser enfrentada quando a questão é a desigualdade vivida pelas mulheres dentro dos espaços de poder”, completa.

Pela lei, pelo menos 30% das vagas de candidatos de cada partido a vereador, deputado estadual e deputado federal devem ser preenchidas por mulheres.

Agência Câmara
Foto: Rodolfo Stuckert/Agência Câmara