06/11/2010

“Nas urnas, falou o Povo, falou com voz clara, falou com convicção” Posted: 2010-11-05 23:43:24 UTC Em pronunciamento em rede de rádio e TV, na n

Em pronunciamento em rede de rádio e TV, na noite desta sexta-feira (5/11), o presidente Lula afirmou que no último domingo “o Povo Brasileiro, mais uma vez, deu uma extraordinária demonstração do vigor da nossa democracia”. O presidente parabenizou a Justiça Eleitoral, que “dirigiu com equilíbrio e competência a disputa”, e que poucas horas depois de encerrado o pleito divulgou o resultado das eleições.

“No último domingo, o Povo Brasileiro, mais uma vez, deu uma extraordinária demonstração do vigor da nossa democracia. Mais de 106 milhões de eleitores foram às urnas. E, num ambiente de tranquilidade e entendimento, mas também de paixão e entusiasmo, promoveram uma grandiosa festa democrática em todo o Brasil. Estamos todos de parabéns. Como Presidente da República, quero dividir com vocês o meu sentimento: estou muito orgulhoso do nosso Povo e do nosso País”.

Lula lembrou ainda que a festa democrática de domingo foi o coroamento de um processo eleitoral que mobilizou o País durante meses, no qual foram escolhidos não só a nova presidente, como também governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais.

“Nas urnas, falou o Povo. Falou com voz clara. Falou com convicção. Agora cabe a todos respeitar sua vontade. Os escolhidos para governar devem ter a liberdade para organizar suas equipes e colocar em prática suas propostas, de modo a honrar os compromissos assumidos com a sociedade. Já aqueles a quem o povo colocou na oposição devem ter a liberdade de criticar e apontar os erros dos governantes, para que possam em eleições futuras se constituir como alternativa”.

O presidente concluiu o pronunciamento congratulando a presidente eleita, Dilma Rousseff, e externou a alegria de passar a faixa presidencial para a primeira mulher eleita presidente da República.

“Quero dar os parabéns à companheira Dilma Roussef. Para mim, primeiro trabalhador eleito Presidente da República, será motivo de grande satisfação transmitir a faixa presidencial, no próximo dia 1º de janeiro, à primeira mulher eleita Presidente da República. Tenho perfeita consciência do imenso simbolismo desse ato. Ele proclamará ao mundo inteiro – e a nós mesmos – que somos um País com instituições consolidadas, capazes de absorver mudanças e progressos. E que somos também um País que aprendeu a duras penas que não há preconceito, por mais forte que seja, que não possa ser vencido e superado pela tenacidade do povo”.

Leia a íntegra do pronuciamento

Minhas amigas e meus amigos,

No último domingo, o Povo Brasileiro, mais uma vez, deu uma extraordinária demonstração do vigor da nossa democracia. Mais de 106 milhões de eleitores foram às urnas. E, num ambiente de tranquilidade e entendimento, mas também de paixão e entusiasmo, promoveram uma grandiosa festa democrática em todo o Brasil.

Estamos todos de parabéns. Como Presidente da República, quero dividir com vocês o meu sentimento: estou muito orgulhoso do nosso Povo e do nosso País.

Quero dar também os parabéns também à Justiça Eleitoral, que dirigiu com equilíbrio e competência a disputa. Horas depois de encerrado o pleito, graças ao sistema eletrônico de votação e apuração, já conhecíamos os resultados.

Minhas amigas e meus amigos,

A festa democrática de domingo foi o coroamento de um processo eleitoral que mobilizou o País durante meses, no qual foram escolhidos não só a nova presidente, como também governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais.

Esse processo foi realizado sob o signo da liberdade. O Povo pode escolher seus dirigentes e representantes livremente. Também livremente, partidos e candidatos puderam expressar suas opiniões, defender suas ideias e criticar as propostas dos seus adversários.

Foi assim, em meio a um amplo debate nas ruas, no trabalho, nas escolas, no rádio, na televisão e na internet, que cada cidadão e cada cidadã, sem qualquer tipo de coação, pode avaliar candidatos e projetos, firmar convicções e amadurecer seu voto.

Nas urnas, falou o Povo. Falou com voz clara. Falou com convicção. Agora cabe a todos respeitar sua vontade. Os escolhidos para governar devem ter a liberdade para organizar suas equipes e colocar em prática suas propostas, de modo a honrar os compromissos assumidos com a sociedade. Já aqueles a quem o povo colocou na oposição devem ter a liberdade de criticar e apontar os erros dos governantes, para que possam em eleições futuras se constituir como alternativa.

Passadas as eleições, quando é compreensível que o calor da disputa gere confrontos mais duros, é importante que governo e oposição, sem abrir mão de suas opiniões, respeitem-se mutuamente e divirjam de forma madura e civilizada.

Como todos sabemos, o Brasil vive hoje um momento mágico, de crescimento econômico, inclusão social, forte geração de emprego, distribuição de renda e redução das desigualdades regionais. Estou convencido de que, nos próximos anos, o Brasil poderá consolidar-se como uma terra de oportunidades e de prosperidade, transformando-se numa nação desenvolvida. Avançaremos mais rapidamente nessa direção, se soubermos qualificar o debate político.

Minhas amigas e meus amigos,

Quero dar os parabéns à companheira Dilma Roussef. Para mim, primeiro trabalhador eleito Presidente da República, será motivo de grande satisfação transmitir a faixa presidencial, no próximo dia 1º de janeiro, à primeira mulher eleita Presidente da República. Tenho perfeita consciência do imenso simbolismo desse ato.

Ele proclamará ao mundo inteiro – e a nós mesmos – que somos um País com instituições consolidadas, capazes de absorver mudanças e progressos. E que somos também um País que aprendeu a duras penas que não há preconceito, por mais forte que seja, que não possa ser vencido e superado pela tenacidade do povo.

Simbolicamente, estaremos proclamando ainda que ninguém é melhor do que ninguém. Não importam as diferenças de origem social, de sexo, de sotaque ou de fortuna. Somos todos brasileiros. E todos devem ter oportunidades iguais, o direito a sonhar com dias melhores e o apoio para melhorar sua vida e a de sua família.

Boa noite!

BRASIL,ESTÃO QUERENDO INCITAR,XENOFOBIA,ANTISEMITISMO,RACISMO.SERA QUE O MUNDO JA NÃO VIU GUERRAS E MORTES DE INOCENTE,BRASIL MOSTRA A A TUA CARA

Por Michel Blanco . 05.11.10 - 17h33

Sala, copa e cozinha
Uma jovem estudante de Direito, desalentada com a vitória da petista Dilma Rousseff, ganhou fama ao clamar no Twitter o afogamento de nordestinos em benefício de São Paulo. O ódio da moça brotou em meio a uma campanha difamatória que irrigou expedientes eleitoreiros. Se na TV o marketing cuidou de dar boa aparência aos candidatos, na internet a coisa foi feia. Levante a mão quem não recebeu um único spam desqualificando os votos da população assistida pelo Bolsa Família. Sobre tal corrente, a psicanalista Maria Rita Kehl disse o que tinha de ser dito – e foi punida por isso. Assim estávamos na campanha…

A xenofobia da estudante paulista, no entanto, não é retrato das tensões do momento. É uma fotografia embolorada, guardada num fundo de armário, agora trazida à tona. Quem triscou fogo nos spams sabia que o ódio fermentava. Bastava uma faísca. Se tiver estômago, pode ler uma coletânea de tweets odientos — e odiosos — no Diga não à Xenofobia. A menina não está só.

A maioria dessas mensagens parte de jovens de mais ou menos 25 anos. O que leva a supor que muitos deem vazão a preconceitos ruminados à hora do jantar em família, da festinha do sobrinho ou do churrasco da faculdade. Está aí boa parte da festejada geração da internet, que confunde vida real com a vida em rede, mas se sente imune às consequências de atos online. Mostram os dentes no Twitter como se estivessem a salvo da luz do dia, como se não fosse dar nada. Mas deu, mano.

A moça que gostaria de afogar um nordestino em São Paulo acabou ela mesma por submergir. Deletou seu perfil ante a repercussão do caso, que lhe rendeu a protocolação de uma notícia-crime pela OAB de Pernambuco no Ministério Público Federal em São Paulo. O escritório de advocacia onde estagiava apressou-se em dizer que ela não despacha mais por lá. O caso foi parar até nas páginas do britânico Telegraph. Vários outros “bacanas” seguiram os passos da menina e desapareceram do Twitter. Talvez arrependidos do um ato impensado, da ausência completa de reflexão ou, mais provável, da ameaça de punição legal. Quem sabe ainda há tempo para deixar as trevas.

Ironicamente, o aguardado uso da internet nas eleições ajudou a liberar o que há de mais retrógrado entre nós (embora o poder transformador da rede esteja muito além disso). Parecemos recuar 50 anos em relação a direitos civis. Houve até o retorno de mortos-vivos, grupos pouco representativos e de triste memória. Não bastasse o proselitismo religioso, a ação das militâncias, oficiais e oficiosas, a campanha na internet descambou para baixaria geral. Conhecido o resultado da eleição presidencial, viria o pior: o insulto aos eleitores, desclassificando-os.

Enfim, é uma questão de classe; não de compostura. Uma parte dos jovens que se julgam classe A levantou-se da sala de jantar para reinstaurar a separação da copa e da cozinha, sem se dar conta de que a divisão dos cômodos já não é tão sólida. O que move tanto ódio? Passionalidade do clima eleitoral não é o suficiente.

Nunca na história deste país (tá, essa foi só para provocar) se falou tanto em classes C e D e E. Estão todos os dias na imprensa; chamam atenção pelo crescente poder de consumo. E é a isto que a noção de classes parece se resumir hoje: consumo. Talvez esteja aí a raiva dessa moçada, muito mais identificada com bens do que com valores.

Identificar-se por aquilo que se consome pressupõe um sentimento de exclusividade. “Eu tô dentro e eles, fora”. Uma concepção de vida alimentada e também confrontada pela massificação do consumo. A tensão desponta quando “eles”, os esfarrapados, começam a ter o que “eu” tenho. A exclusividade mingua, e o povão chega chegando, sentando ao seu lado no avião. É preciso descolar novos meios para diferenciar uns dos outros. A desqualificação é um deles.

Um dos legados desta eleição embalada por baixarias é uma tensão que parece escapar da acomodação sobre a imagem construída pelo mito fundador nacional. Descobrimos um pensamento ultra-conservador no Brasil, e ele pôs a cabeça para fora. Seria um exagero, no entanto, dizer que o país está dividido. Mas é igualmente um equívoco considerar que a identidade nacional sai ilesa – por definição, ela é lacunar, ao pressupor a relação com o outro. O que queremos de nós mesmos?

Mas na cabeça dessa moçada raivosa, nada disso seria necessário, e a harmonia se restabeleceria desde que todos estivessem nos lugares “certos”. Assim, estão prontos para experimentar o que consideram desenvolvimento e mal esperam a ocasião para pôr à mesa de alguma congregação do Tea Party uma iguaria nacional: uma saborosa broa de milho feita pela mãos da preta dócil que serve a casa.

01/11/2010

Primeira mulher eleita presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT),discursa com sensibilidade e determinação .

Dilma faz discurso conciliador e prega respeito à oposição e à imprensa livre, pois lembrou como foi difícil dar a própria vida para defender a liberdade de expressão, na época da ditadura e de quantos não puderam estar aqui, para ver a democracia vencer, zelara pela 'mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa' e combater a corrupção,disse: prefiro "o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras
Primeira mulher eleita presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT), fez ontem um discurso de conciliação nacional, prometeu respeitar as diferenças partidárias e religiosas.Nos sabemos que existem lideranças religiosas que não aprenderam com a segunda guerra mundial, lideranças que não exercem a palavra, apenas pensam em dominar o povo.Lembremo-nos ;Daí pois o que é de Cesar,a Cesar,e o o que é de Deus a Deus.Mateus,22:21
Mesmo ficando com a voz embargada, não parou de falar firmemente a todos com humildade, pregando a união do País, mesmo nas divergências e agradecendo os votos recebidos, mas não deixando de estender a mão aos adversários, dizendo; De minha parte não haverá discriminação, privilégios ou compadrio', afirmou. Não foi só: disse que não aceitará irregularidades na administração pública, não haverá compromissos com o erro, o desvio e o malfeitos serei rígida na defesa do interesse público em todos os níveis de meu governo.'
Dilma também destacou o papel da mulher. "Registro, portanto, o meu primeiro compromisso após a eleição, honrar as mulheres brasileiras para que esse fato até hoje inédito se transforme num evento natural e que ele possa se repetir e se ampliar," disse Dilma, emendando com um "sim, a mulher pode."
O povo decidiu, o Brasil vai seguir mudando com Dilma, nossa primeira presidenta', ela também assumiu compromissos com a erradicação da miséria e com a estabilidade econômica. 'Cuidaremos de nossa economia com toda responsabilidade. O povo brasileiro não aceita mais a inflação como solução irresponsável para eventuais desequilíbrios. O povo brasileiro não aceita que governos gastem acima do que seja sustentável', destacou.
'Faremos todos os esforços pela melhoria da qualidade do gasto público, pela simplificação e atenuação da tributação e pela qualificação dos serviços públicos. Mas recusamos as visões de ajustes que recaem sobre os programas sociais, os serviços essenciais à população e os necessários investimentos', argumentou.
Dilma também destacou o papel da mulher. "Registro, portanto, o meu primeiro compromisso após a eleição, honrar as mulheres brasileiras para que esse fato até hoje inédito se transforme num evento natural e que ele possa se repetir e se ampliar," disse Dilma, emendando com um "sim, a mulher pode."Aplaudida pela plateia, Dilma afirmou, ainda, que seu governo continuará defendendo a abertura das relações comerciais e o fim do protecionismo dos países ricos. Destacou, no entanto, que não pretende fechar o País ao mundo. 'Teremos grandes responsabilidades num mundo que enfrenta ainda os efeitos de uma crise financeira de grandes proporções e que se socorre de mecanismos nem sempre adequados, nem sempre equilibrados, para a retomada do crescimento.'Dona de temperamento forte e conhecida como dama de ferro, Dilma não conteve a emoção e embargou a voz em alguns momentos, especialmente ao falar de Lula. Fez um chamamento aos empresários, às igrejas, governadores, prefeitos e 'todas as pessoas de bem' para se unir pela erradicação da miséria - compromisso assumido ainda no primeiro mandato de Lula - e disse que essa 'ambiciosa meta' não será realizada apenas pela vontade do governo.'Não podemos descansar enquanto houver brasileiros com fome, enquanto houver famílias morando nas ruas, enquanto crianças pobres estiverem abandonadas à própria sorte', afirmou a presidente eleita.Lula. A presidente eleita deixou claro no discurso após a confirmação da vitória, que não vai se esquecer do presidente Lula, o grande responsável por ter vencido a eleição, e que sempre vai recorrer a ele quando se encontrar em dificuldades.
'Baterei muito à sua porta e, tenho certeza, a encontrarei sempre aberta', afirmou. Para ela, é muito bom ter Lula ao lado. 'Ter a honra de seu apoio, ter o privilégio de sua convivência, ter aprendido com sua imensa sabedoria, são coisas que se guarda para a vida toda.'
Dilma afirmou que a convivência com Lula lhe deu a 'exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu país e por sua gente'. Tanto é que, para ela, a alegria da vitória se mistura com a emoção da despedida de Lula.'Sei que um líder como Lula nunca estará longe de seu povo e de cada um de nós. Sei que a distância de um cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade', exaltou. 'A tarefa de sucedê-lo é difícil e desafiadora. Mas saberei honrar seu legado.Saberei consolidar e avançar sua obra', disse a candidata forjada por Lula durante quatro anos.Ela prosseguiu nos elogios: 'Aprendi com ele que quando se governa pensando no interesse público e nos mais necessitados uma imensa força brota do nosso povo. Uma força que leva o País para frente e ajuda a vencer os maiores desafios.'Vitória
VIVA A NOSSA PRESIDENTE ELEITA ,DILMA ROUSSEFF

ELEITA NO BRASIL A PRIMEIRA MULHER PRESIDENTA,

A história das mulheres no poder tem raízes distantes, mas à partir do século 20, com o crescimento do papel das mulheres na sociedade,o olhar feminino para a politica ,fez um grande diferencial na forma de governar,assim surge as primeiras chefes de estado no mundo